sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Pequena gigante. Cronica por Edna Costa. 11.09.2004

À primeira vista parecia uma mulher frágil mas, como diz o ditado, as aparências enganam. Magra e miúda, a mulher não demonstrava a valentia escondida dentro do pequeno corpo. De origem humilde, cedo aprendeu a dura batalha pela sobrevivência.

Vivendo aqui com a família, mais uma vez sofreu um golpe do destino. Seu marido foi diagnosticado com câncer! Naquela noite, ela não dormiu com os pensamentos girando naquela ciranda louca de dúvidas e aflições.

Todos trabalhavam e as coisas estavam equilibradas mas, agora o marido não poderia mais ajudar e ainda viriam as despesas (muitas) de hospital, médicos e medicamentos, além do sofrimento e da espera por um final incerto.

Mais uma vez mostrou-se determinada tomando as rédeas da situação. Reuniram-se ela, marido, filha, sobrinha e o filho menor para refazer os planos e como fariam para segurar emocional e financeiramente a nova situação.

Um mês depois o marido teve que fazer uma cirurgia e depois algumas sessões de quimioterapia. O pior já havia passado e eles tinham vencido uma parte da batalha.

Da última vez que a vi, estava abatida pelo cansaço físico e, talvez um pouco mais triste mas, conservava aquela aura de guerreira que toda mulher valente tem.

(Esta crônica é uma homenagem especial à pequena gigante Sueli Inoue e a toda gente de fibra, que nunca perde a fé em Deus, nem a esperança na vida.)

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